1 de dezembro de 2014

Colibri realizou a quarta edição do bingo beneficente


A Colibri (Associação Brasil Parkinson - Núcleo Piracicaba) presta assistência às pessoas com doença de Parkinson. Essa doença é neurodegenerativa e provoca tremores, principalmente nas extremidades do corpo, desequilíbrios, entre outros sintomas constrangedores. Muitos parkinsonianos, por isso, se mantêm reclusos, visto que não têm uma aceitação positiva de sua doença. Uma das principais funções da instituição é incentivar essas pessoas a conviver com sua nova condição e rotina diária.

Para prosseguir com esse projeto, a Colibri conta com a colaboração de muitos voluntários que programam inúmeros eventos. Um exemplo disso é a realização de bingos para conseguir apoio financeiro aos inúmeros projetos desenvolvidos pela instituição. Neste ano, o bingo aconteceu no mês de setembro, no centro comunitário do bairro Jupiá, aqui em Piracicaba.

Essa foi a quarta edição do bingo. A presidente da instituição, Silvia Simões, explica que “há uma equipe de voluntários participantes de todas as etapas de organização. Todos os anos ele ocorre neste mesmo lugar, com o apoio do centro Comunitário do Jupiá e do grupo de terceira idade, liderados pelo Sr. Lacerda, também parkinsoniano”.

"O bingo é muito importante, pois é o principal gerador de recursos para dar continuidade dos trabalhos da Colibri e também é um momento de descontração entre famílias, conhecidos e voluntários da instituição", afirma Maria Lúcia D. G. P. Sant’Anna, vice-presidente da Colibri que, junto com Madalena P. Batista, organiza o bingo.


Neste ano, a Colibri alcançou um grande número de prendas e o espaço estava bem organizado. No local havia uma mesa com vários tipos de doces feitos por voluntários da instituição para aumentar os lucros. “É raro de ver hoje em dia um trabalho com tanta dedicação. Essa instituição é admirável", diz Sr. João Filho, morador do bairro Jupiá e participante do Bingo.


A partir do ano que vem há um projeto de realizar dois bingos no ano. Segundo uma das diretoras da Colibri, Vera Lúcia Gallina, “a realização do Bingo possibilita, além disso, a divulgação do trabalho da Associação de inclusão social dos portadores de doença de Parkinson”.

22 de outubro de 2014

Estudo aponta eficácia do canabidiol em pacientes com mal de Parkinson

Pesquisa constatou ausência de efeitos colaterais após uso da substância.
Descoberta abre nova possibilidade terapêutica, diz coordenador.


Uma pesquisa recente sobre o uso medicinal do canabidiol (CDB) mostrou que essa substância extraída da maconha pode ser eficaz no tratamento de pacientes com mal de Parkinson.  Segundo o professor José Alexandre Crippa, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), um dos coordenadores do estudo, pela primeira vez, o grupo de voluntários que ingeriu cápsulas contendo canabidiol apresentou melhoras na qualidade de vida e no bem-estar.
O estudo foi publicado em outubro na revista "Journal of Psycopharmacology", da Associação Britânica de Farmacologia.
O CDB é uma substância canabinoide existente na folha da Cannabis sativa - a maconha - que, de acordo com pesquisadores, não causa efeitos psicoativos ou dependência. O elemento possui estrutura química com grande potencial terapêutico neurológico, ou seja, pode ter ação ansiolítica (que diminui a ansiedade), antipsicótica, neuroprotetora, anti-inflamatória, antiepilética e agir nos distúrbios do sono. “Queríamos ver o efeito do canabidiol nos sintomas motores, por isso realizamos um ensaio clínico com pacientes com Parkinson”, explica Crippa.
O mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que provoca tremores nas extremidades do corpo. Geralmente, 50% dos pacientes desenvolvem quadros de alteração cognitiva. “A pessoa altera a memória, a atenção, sofre efeitos de alteração motora na marcha, no equilíbrio. Além disso, 80% de pacientes com a doença adquirem depressão e transtorno comportamental de sono”, diz Crippa.
Durante seis semanas, a equipe monitorou 21 pacientes com Parkinson, divididos em três grupos - o primeiro recebeu 300 mg de canabidiol ao dia, o segundo 75 mg e o terceiro placebo (sem nenhum princípio ativo). Para que não houvesse influência psicológica e sim um efeito farmacológico eficaz, nem os pacientes, nem mesmo os médicos tinham conhecimento sobre quem estava tomando qual cápsula.
Um terceiro integrante da pesquisa numerou as substâncias e os dados foram cruzados apenas no final, quando foi constatada melhora no quadro dos pacientes que ingeriram canabidiol na dose de 75 mg, e ainda melhor na dose de 300 mg. “O mais importante é que o medicamento não apresenta efeito colateral, ao contrário dos já utilizados”, afirma Crippa.
Conforme o professor explica, as drogas atualmente usadas no tratamento da doença causam efeitos colaterais negativos, como a chamada discinesia tardia, que são movimentos repetitivos involuntários de extremidades, e movimentos da língua e mordidas nos lábios, além de sintomas psicóticos, como escutar vozes, ter delírios e mania de perseguição.
De acordo com o pesquisador, a descoberta abre uma nova possibilidade terapêutica para o mal de Parkinson, especialmente em casos refratários e mais graves, como quando a doença se manifesta na juventude, com a tendência de progredir de forma rápida e severa. “O canabidiol tem se mostrado eficiente para todas essas comorbidades. Seria a droga ideal”, afirma o pesquisador.
Viabilização
Segundo Crippa, o canabidiol deve ser regulamentado muito em breve e provavelmente até o final deste mês o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irão classificá-lo.
O professor acha importante ressaltar que o canabidiol não é maconha, é apenas uma substância presente na planta. Ele afirma que para evitar qualquer tipo de equívoco a respeito de sua aplicação um site sobre o assunto será lançado em breve. “Não existe maconha medicinal e sim substâncias medicinais. A maconha fumada invariavelmente traz danos à saúde. O uso crônico, principalmente de adolescentes, causa danos cerebrais e aumentam em 370% a chance de desenvolver esquizofrenia”, alerta.
Fonte: G1

9 de setembro de 2014

NOTÍCIAS COLIBRI

CORAL TREMENDAS VOZES

O Coral Tremendas Vozes participará do Seminário Nacional de Música e Saúde de Piracicaba, que acontece de 12 a 14 de setembro.

O coral  se apresenta no dia 14 de setembro, domingo, às 10h , na Escola de Música Dr Ernst Mahle- Rua Santa Cruz nº 1155.

 Mais informações : http://musicasaude.com.br




* Casa do Povoador, dia 03 de maio de 2014, na abertura do VII Mostra de Arte do Fórum da Comarca de Piracicaba.

BINGO BENEFICENTE



BINGO BENEFICENTE -DIA 21 DE SETEMBRO , ÀS 14h 
Local- Praça de Esportes do Centro Comunitário do Jupiá
Rua Adolfo Rodrigues s/n Jardim Jupiá

Unicamp atenderá pacientes portadores de Doença de Parkinson

A Faculdade de  Odontologia de Piracicaba da Unicamp atenderá, no Curso de Especialização em Odontogeriatria, pacientes portadores de Doença de Parkinson com idade acima de 60 anos, inclusive para aqueles que necessitarem de atendimento domiciliário.

Os tratamentos serão realizados por profissionais já formados e incluirão procedimentos de reabilitação e  prevenção. Todo o tratamento será gratuito, com exceção dos trabalhos de  prótese e, mesmo assim  somente serão  repassados os  custos laboratoriais.
Os pacientes serão chamados conforme as disponibilidades de vaga.

Os interessados devem entrar em contato com a Colibri.

shrsimoes@yahoo.com.br

21 de julho de 2014

almoço da Colibri

A Colibri realizará, no dia 26 de julho, sábado, às 12h30, um almoço de confraternização para parkinsonianos, familiares, voluntários, amigos.
Participem , divirtam-se e  colaborem com a   Associação.
Local-    Associação Navegantes do Bongue
               (final da av. Cruzeiro do Sul /esquina com R. Dr Ernest Mahle)
Dia-     26 de julho (Sábado)
Horário - 12:30
Adesão-R$ 20,00 por pessoa( comida à vontade, refrigerante e sobremesa)


É necessário fazer reserva com antecedência pelo cel- 19- 997810075(Madalena)

19 de junho de 2014

apresentação do Coral Tremendas Vozes



O CORAL TREMENDAS VOZES , da Associação Brasil Parkinson-Núcleo Piracicaba, vai se apresentar amanhã, sexta-feira, DIA 20 de JUNHO, às 14h, no Teatro Erotides de Campos(Teatro do Engenho), durante o 8º Enacopi( Encontro Nacional de Corais de Piracicaba).

Retirem os ingressos com 1 hora de antecedência na bilheteria do Teatro do Engenho(fone 3413-8526), mediante a entrega de 1 item de material escolar.

Compareçam e incentivem esta atividade musical da Colibri.

Prestigiem o Coral  Tremendas Vozes!

24 de abril de 2014

1 de abril de 2014

Engenheiro e músico de jazz, pesquisador estuda vantagens da musicoterapia no tratamento a doentes de Parkinson

Entrevista: Pedro Lodovici Neto
Engenheiro e músico de jazz, pesquisador estuda vantagens da musicoterapia 
no tratamento a doentes de Parkinson
Por Thaís Polato (tpolato@pucsp.br)
Desde jovem, Pedro Lodovici Neto trabalhou como engenheiro. Desde criança, foi apaixonado por música. No decorrer da vida, percebeu que essa duplicidade de interesses se traduzia, na verdade, em uma triplicidade de fazeres que lhe tomavam todo o tempo: a dedicação aos idosos da família. “Sempre me dediquei aos mais velhos, invariavelmente me achegava a eles, escutava suas experiências de vida, seus problemas...”.
Quando resolveu voltar à vida acadêmica, não teve dúvidas, procurou o Pós em Gerontologia na PUC-SP. No final do ano passado, defendeu a dissertação A musicoterapia como tratamento coadjuvante à doença de Parkinson, sob a orientação da prof.ª Beltrina Côrte. Ainda em 2007, Pedro finaliza o doutorado em Ciências Sociais, na área de Antropologia do Envelhecimento, sob orientação da prof.ª Maria Helena Villas Boas Concone. Tudo isso em meio aos preparativos para a comemoração de 50 anos de sua banda de jazz tradicional, a “São Paulo Dixieland Band”, mais antiga do Brasil em atividades ininterruptas.
PUC-SP – O sr. afirma que a música é um excelente meio para melhorar a vida do doente de Parkinson. Por quê?
Pedro Lodovici Neto – A Música constitui uma via privilegiada de tratamento na minimização dos efeitos de ordem motora e não-motora, associados à doença de Parkinson, conforme pude verificar em minha pesquisa desenvolvida a partir de casos analisados na Associação Brasil-Parkinson, em São Paulo. E, o que é espantoso, pode retardar e até mesmo estancar a progressão do quadro patológico, conforme comprovam pesquisas como a do neurologista Oliver Sacks (1997), nos Estados Unidos, de Egberto Reis Barbosa (2005), no Brasil, dentre inúmeras outras. A música, sem sombra de dúvidas, muda significativamente a vida de um doente de Parkinson, ao levá-lo para outro lugar que não o dos tremores ou da imobilidade, do isolamento, da solidão, da dor... 
PUC-SP – E como isso pode se dar concretamente?
Pedro – Por exemplo, com a participação do doente em um coral, ou tentando tocar um instrumento, ou por meio de exercícios musicais orientados, ou ouvindo música ou simplesmente recordando-se de músicas do passado. Na verdade, qualquer “fazer musical” faz cessar tremores, devolve movimentos de pernas, braços e cabeça no exercício das articulações, faz voltar a alegria no contato com os amigos, outros doentes ou familiares, o entusiasmo pela vida. Em suma, refaz os laços do indivíduo consigo mesmo e com as outras pessoas, passando ele a conviver melhor com a doença. A relevância de se saber dessas coisas é a de que qualquer doença degenerativa – como a de Parkinson, ou a de Alzheimer –, não escolhe a quem atingir, acometendo não apenas pessoas idosas, mas também jovens e crianças, pobres e ricos, pessoas fortes ou fracas, celebridades ou não-celebridades...
PUC-SP – No caso especialmente de idosos, quais são os principais benefícios?
Pedro – Além dos que já citei, a Musicoterapia tem o papel essencial de vivificar as funções ditas mnêmicas (de memória), assim como as demais funções cognitivas, a ponto de, a partir da produção sonoro-musical, contribuir na elaboração de conteúdos mentais mais complexos, o que faz com que o doente resgate a memória desejada, que consiga o retorno de movimentos corporais comprometidos, que se sinta um ser produtivo e harmonizado com sua idade cronológica. Acrescente-se ainda que a Musicoterapia auxilia a pessoa idosa portadora da Doença de Parkinson a orientar-se, restabelecendo as coordenadas de tempo e espaço; a relaxar, no caso de insegurança ou ansiedade; expressar-se melhor, quando existem problemas de comunicação; potencializar as funções físicas e mentais com problemas e reforçar a autonomia pessoal, através da música; receber uma maior atenção, um reconhecimento e um sentido de seu próprio valor como sujeito, pois, por exemplo, ao retomar músicas da infância ou juventude, enfim, músicas que afetaram beneficamente sua vida, ao participar de sua execução, elas farão emergir sua criatividade musical, lhe trarão uma renovação em seu estado de ânimo, auxiliando a recompor corpo e espírito.
PUC-SP – Em sua dissertação, o sr. também diz que a Musicoterapia reflete sobre temas relacionados à vida/morte, saúde/doença, além de repensar a relação da pessoa com sua doença e com as demais pessoas do seu ambiente. De que forma isso se dá?
Pedro – A Musicoterapia, enquanto área do conhecimento, traz à reflexão e à discussão temas como vida, morte, saúde, doença, ser jovem e ser velho na contemporaneidade, a música como ofício, prazer e terapia, a medicação alopática e terapias complementares, os tabus e preconceitos em torno das doenças degenerativas, faz repensar a relação da pessoa com a sua doença e com as demais pessoas do seu convívio pessoal ou social... Entre outras coisas, leva as pessoas ao contato com um saber teórico sobre o envelhecimento, sobre a velhice, que escapa ao senso comum, pois é fundado em uma perspectiva teórico-científica; leva-as à convicção de que este saber está sempre em aberto, de forma dialética, referindo uma realidade em movimento constante; leva-as ao empenho para que se garantam condições de vida com qualidade aos mais longevos; ao propósito de o idoso ter garantida sua autonomia, o reconhecimento de que é um cidadão senhor de seu próprio destino, independentemente de idade, de seu estado físico ou mental e do lugar onde esteja; leva as pessoas a sentirem que venceruma doença degenerativa, como a Parkinson ou a Alzheimer, pode significar tê-la e conviverharmoniosamente com ela, não se deixando abater pelas más condições físicas ou mentais, e ainda dar aos outros seu testemunho de luta contra a doença, tentando retardá-la e aprendendo a viver com ela.
PUC-SP – Tais posturas poderiam mudar a relação das pessoas com a Doença de Parkinson?
Pedro  Sim, pode levá-las a desmistificar e a encarar por outro ângulo o temido conceito “Doença de Parkinson” e mesmo o de velhice. Ambos, longe de representar um passo para a morte, como costumam ser ditos, fazem parte do processo de envelhecimento, ao qual ninguém se furta, já que se envelhece desde que se nasce. Muitas doenças degenerativas surgem ainda na infância; portanto, um idoso deve encarar a doença como qualquer outro acontecimento patológico em sua vida, fazendo concretizar mais uma vez sua “resiliência”, essa capacidade de resistência de uma pessoa diante de circunstâncias adversas da vida, que a fazem transformar-se, valer-se dessas experiências para mudar a vida e também a de outras pessoas.
PUC-SP – Por que o sr. resolveu estudar este tema?
Pedro – Desde jovem, eu atuava como engenheiro em empresa e, desde criança na música, por gosto. No decorrer do tempo, me dei conta que essa duplicidade de interesses que existia em mim se traduzia, na verdade, em uma triplicidade de fazeres que me tomavam todo o tempo – sempre me dediquei aos mais velhos da família, invariavelmente me achegava a eles, tendo escuta a suas experiências de vida, a seus problemas. Resolvi, então, começar um estudo mais aprofundado sobre o processo de envelhecimento, no Mestrado em Gerontologia da PUC-SP. Só a partir daí eu poderia me dizer um verdadeiro interessado pela condição de vida dessas pessoas mais idosas.  Não era novidade para mim o valor da linguagem musical... Acabei optando por aproximar a música – ofício que sempre me trouxe muito prazer –, a pessoas que sofrem com doenças degenerativas, como a Doença de Parkinson. E com quais pessoas eu poderia trabalhar? Com idosos logicamente, doentes de Parkinson, filiados a Associação Brasil-Parkinson. Assim passei a estudar como a Música age em favor da vida das pessoas. Hoje, a Musicoterapia se afigura, para mim, como uma das vias mais felizes para um trabalho responsável, sério, com pessoas que padecem pelos complicados efeitos motores e não-motores trazidos por doenças degenerativas, como a Parkinson e a Alzheimer.
PUC-SP – O sr. ressalta já no título de seu mestrado que a Musicoterapia é um importante coadjuvante no tratamento...
Pedro – Sim, e o que é fundamental, ela deve ser necessariamente concebida como uma terapia – daí se dizer Musicoterapia – e deve atuar, a meu ver, em complementaridade ao tratamento farmacológico, fisioterapêutico, envolvendo muitas vezes também o fonoaudiológico, o logofoniátrico, o psicológico/psicanalítico, o artístico, a terapia corporal... Ou seja, o tratamento musicoterápico sozinho não faz milagre: precisa ser coadjuvante a (ou estar inserido em) um programa multidisciplinar, implicando, assim, vários tratamentos dirigidos ao doente, que congreguem o envolvimento de profissionais de várias áreas, atuando em conjunto para um trabalho mais eficiente e que possa conseguir resultados eficazes, de fato. Chegará um dia, acredito com muita esperança, que esse tratamento possa ser dito e reconhecido como interdisciplinar, em que todos os profissionais envolvidos nesse desafio cruzem seus conhecimentos de tal forma que resulte na geração de um campo novo, bem específico, para superar não apenas a problemática da sintomatologia das doenças degenerativas, mas também vencer sua progressão ou tentar deter sua instalação. Um grandioso desafio.
PUC-SP – Como escolheu as pessoas para a sua análise?
Pedro – Escolhi a Associação Brasil-Parkinson por oferecer condições, de certa forma, privilegiadas. Naquele local tem-se a doença em diversos estágios para se observar. Essa instituição congrega uma grande equipe de profissionais, composta dentre outros, por cuidadores de idosos, fisioterapeutas, terapeutas corporais, fonoaudiólogos, que atuam em consonância com voluntários que auxiliam em variadas tarefas, mas que têm todo um conhecimento do desenvolvimento da doença de Parkinson e do bem que o programa de tratamento multidisciplinar ali realizado traz aos doentes. Pianista e regente do coral, por exemplo, atuam como musicoterapeutas em atividades com canto em coral terapêutico. Outras atividades complementam o tratamento dos parkinsonianos, como o exercício da pintura, de trabalhos manuais e o aspecto que, a meu ver, é nodal: a convivência salutar que ali se dá entre os doentes, seus familiares e os profissionais de todas as áreas envolvidas. Posso dizer que há uma harmoniosa interação entre todos. Verifica-se que a Música é fundante para esses doentes. É o vínculo essencial a que estão ligados; é um caminho de esperança para minimizar os efeitos incômodos de ordem motora e outros decorrentes da Doença de Parkinson. Eles usam as músicas e os sons que geram para se tornarem mais sensíveis a seus próprios ritmos e ciclos, para se sentirem mais integrados e lúcidos. As vivências musicais na Associação Brasil-Parkinson são a oportunidade de eles se esquecerem por momentos de sua doença, e levarem a vida com mais sentido e otimismo, com a esperança trazida pelos avanços no tratamento da doença, em que são exemplares as pesquisas com células-tronco, que prometem, em breve, fazer o cérebro humano funcionar como uma orquestra afinada.
PUC-SP – Quais as principais conclusões do seu estudo?
Pedro – Fica-me o sentimento de que é preciso criar uma nova cultura em torno das doenças degenerativas; que as pessoas revejam seus paradigmas acerca da vida, da saúde, do sujeito na relação com sua doença, na relação com as outras pessoas. Que assumam o esforço resiliente que é preciso empreender nesse campo de doenças especialmente as de tipo idiomático (ou de origem desconhecida) como a de Parkinson. Que políticas públicas de apoio se criem com o envolvimento da sociedade civil no sentido de mudança de paradigmas, de conceitos, de quebra de tabus e preconceitos acerca das doenças, do envelhecimento, da velhice... Que lutemos por um grande investimento no campo da prevenção, seja quanto aos tratamentos médicos quanto aos tratamentos complementares. Com os parkinsonianos, sujeitos de meu trabalho, fica patente a resiliência de cada um deles. A importância dada ao dia do Coral e das atividades desenvolvidas, apesar de todas as adversidades como o trajeto, muitas vezes distante, até chegar à Associação Brasil Parkinson, e tudo o que isto demanda, nos leva a pensar que talvez tenhamos que ter obstáculos à consecução de nossos objetivos para lutar por alcançá-los... Haja vista a vitalidade de cada um daqueles doentes, familiares, voluntários e profissionais e o desejo de estarem presentes sempre – e com muita felicidade – em todas as atividades. Finalizo esta resposta sobre a Música na Doença de Parkinson inserindo, à moda de interlúdio sobre música do neurologista Oliver Sacks, meu poslúdio: “A Musicoterapia é o mais essencial dos processos terapêuticos, porque leva o indivíduo portador da D.P. a manter uma posição “resiliente” diante da vida, ao minimizar os efeitos motores e não-motores, transformar-se a si mesmo diante da doença, sobrepondo-se a seus efeitos, ganhando força até para estancá-la em sua progressão, além de conseguir, pelo seu exemplo, mudanças significativas em outros doentes. Tudo isso porque a Musicoterapia possibilita que o indivíduo orquestre mente, corpo e coração, resgatando sua identidade sonoro-musical. Em suma, a Musicoterapia o faz tornar-se maestro de sua própria vida e da vida de outras pessoas”.
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Fonte: ACI PUC-SP. Disponível em 12/06/2007.

19 de março de 2014

Colibri no SESC-BERTIOGA"
Com um grupo de 38 pessoas, a Colibri participou, do dia 10 a 14 de março, do  projeto VIAJANTES, no Sesc Bertioga.
Foi uma experiência incrível, que reuniu parkinsonianos, familiares, amigos, voluntários num cenário belíssimo, cercado de carinho por todos os lados.
O José Roberto e a Larissa, do SESC Piracicaba, não mediram esforços para organizar e supervisionar as atividades recreativas e culturais, sempre acompanhadas pela simpática e responsável guia  Sandra Moda.
O Sesc programou dois passeios culturais.O primeiro foi ao Cantão do Indaiá, onde , numa belíssima praia, pudemos ouvir as  explicações do prof Kadu, complementadas pela poesia e sensibilidade do ator Franco.
Caminhadas, relaxamento na praia, atividades na piscina, muita comida gostosa e nutritiva, um joguinho de baralho, boa música à noite  e muita conversa, muita risada...

 



Excelente a iniciativa da Associação Brasil-Parkinson- Núcleo Piracicaba de levar um grupo da Colibri para desfrutar do Sesc Bertioga.
Agradeço esses dias passados  em tão boas companhias. Foi privilégio dormir em quarto no meio de jardim, ver e ouvir pássaros em local onde predomina a conservação ambiental. Incluir no roteiro Cantão do Indaiá me trouxe enriquecimento histórico e cultural." - Nely Camozzi







18 de fevereiro de 2014

Volta das atividades.



O Coral Tremendas Vozes retornou as atividades na primeira segunda-feira do mês,  03 de fevereiro, com os participantes se reunindo na parte externa para driblar o calor intenso e refrescar o corpo e a mente.

17 de fevereiro de 2014

A Associação Brasil Parkinson - Colibri participou da Confraternização de final de ano do Proparki, na Faculdade de Educação Física da Unesp de Rio Claro com alguns professores da faculdade, numa deliciosa tarde de comes e bebes.


Dra. Lilian Gobbi (Coordenadora do Proparki), Silivia, Madalena, Mário e Ana (Colibri)